20 dezembro, 2016

GRAÇAS A DEUS! - PREFÁCIO



PREFÁCIO



Variadíssimas razões, tanto de ordem pessoal como profissional, levaram-me a organizar esta Acção de Graças através da literatura. Para que melhor entendam essas nobres motivações, tenho de recuar ao passado.
Esbocei as (minhas) primeiras narrativas durante a adolescência e fui escrevendo ao longo dos anos, porém, não havendo perspectivas de editar um livro, forcei-me a esperar... Esperei um quarto de século para concretizar sonhos literários. Durante esses anos, escrevi, desmotivei, rasguei, reanimei, reescrevi ou concebi novos textos, tornava a desanimar e a destruir, mas voltava sempre a escrever, ou a reescrever, enfim... um ciclo que se revelava vicioso; embora publicasse, pontualmente, pequenas estórias nalguns jornais e revistas, a maioria destinava-se à gaveta. Ou ao arquivo. Sim, desanimei inúmeras vezes, todavia, Deus nunca permitiu que perdesse a esperança. A esperança de dar vida a esses sonhos.
Quando vislumbrei aquela luzinha na escuridão, uma oportunidade minúscula de poder, finalmente, vir a fazer alguma coisa, agarrei-a com unhas e dentes. Era ainda uma possibilidade remota, o chão a percorrer mostrava-se longo e calcetado de espinhos; não obstante, fiz-me ao caminho sem qualquer hesitação. Fui mergulhando, de modo crescente, num universo literário que se desvendou muitíssimo mais agreste do que era suposto, dedicando o corpo e a alma à escrita, participando em concursos e obras colectivas de várias editoras, evoluindo sempre e cada vez mais. Até chegar ao ponto de ousar desenvolver projectos ainda mais arrojados e ambiciosos. Obras colectivas, é certo, porém, idealizadas, organizadas e coordenadas por mim, enquanto buscava, em simultâneo, dar vida a obras individuais. As perspectivas já se mostravam luminosas.
Se por um lado os frutos começavam a surgir, prevendo-se um futuro literário mais animador, por outro lado as forças do mal não tardariam a erguer-se, procurando bloquear-me. Mas o meu (nosso) bom Deus, mantendo-Se sempre presente, transmitia-me energia para prosseguir a jornada. A minha fé, por mais adverso que se apresentasse o panorama, continuava inabalável. Deus nunca me faltara! No final de 2015, quando decidi lançar a Sui Generis, enfrentava uma tempestade bem turbulenta; a ferocidade era tal que faria desanimar almas mais sensíveis. Não vacilei. Embora me sentisse vulnerável, jamais perdi a fé em Deus. Senti-O sempre presente nas mais variadas situações quotidianas da minha vida. Senti sempre a influência da mão divina em tudo o que eu fazia. Inclusive em momentos profundamente dramáticos, que despoletaram resoluções que muito contribuíram para o meu amadurecimento enquanto ser humano. Contra ventos e marés, enfrentei tudo e todos porque sabia que chegara o momento – o momento de dar o passo. Aquele passo que conduziria ao sonho. A fé remove montanhas e nem sequer o diabo me intimidaria!
Sim, a fé fortalecia-me. Nunca duvidei da existência e assistência de Deus! Nunca acreditei que Ele me ignorasse, inclusive nas épocas menos boas (bastantes) em que atingi o fundo do poço. O Senhor mantinha-se sempre lá, ao meu lado, não me deixando esmorecer, tão-pouco desistir... transmitindo energias positivas, apontando novas luzes na escuridão... fazendo-me recuperar forças para poder reerguer-me com ainda mais perseverança e esperança. Foi desse modo, conservando a crença sempre inabalável, convicto de que Deus jamais abandona um filho, que fui desbravando caminho, levando a Sui Generis a bom porto. Com muita luta e sacrifício pessoal, imensas preocupações e noites mal dormidas, porém, alimentando sempre a fidelidade aos valores, preservando a firmeza, a integridade, a lealdade aos princípios éticos e morais, cativando cada vez mais pessoas, realizando sonhos, quer pessoais, quer de outros autores.
Transcorrido um ano exacto, após ter desencadeado o início desta bela jornada literária, visando a concretização dos diversos projectos que me propus realizar, o balanço revela-se positivo: doze antologias organizadas, sendo Graças a Deus! a décima segunda, para a Colecção Sui Generis. Doze! Um número recheado de muito simbolismo: doze meses do ano, doze signos do Zodíaco, doze apóstolos, doze tribos de Israel, dia e mês do meu nascimento (12 de Dezembro), etc. Doze projectos literários organizados (embora nem todos estejam finalizados – alguns já foram editados, outros ainda decorrem), as primeiras obras individuais publicadas (cinco) e perspectivas positivas no horizonte. Não acredito em coincidências e nada acontece por acaso.
Por tudo isto e não só, particularmente no que se refere ao bem-sucedido percurso no reino da literatura, tenho de dar Graças a Deus!
Dou muitas Graças ao Senhor! Não canso de dizer, escrever, repetir e tornar a repetir: Graças a Deus! Por tudo o que ocorre na minha vida. Quer a nível pessoal, quer profissional. Tenho muita fé em Deus e jamais cansarei de Lhe agradecer. Sem Ele, em quem busco forças para viver e batalhar, nada conseguiria. Consequentemente, a vida não faria sentido.
Todos nós (autores, leitores e demais pessoas) temos de dar Graças a Deus pelas coisas boas e menos boas que acontecem nas nossas vidas: um sucesso literário, um êxito profissional, a concretização de um sonho, uma situação favorável relacionada com saúde, uma decisão menos facilitada, um obstáculo contornado, uma fase menos agradável que contribuirá seguramente para nos fortalecer, um amor feliz, enfim, tantas coisas. Inclusive os menos crédulos, ateus ou agnósticos, digam o que disserem, têm sempre algo a dizer ao Senhor... mesmo que de um modo inconsciente, ou inesperado, sem a intenção de o fazerem.
O melhor agradecimento, no que concerne ao caso literário, é dedicar este livro ao Senhor! Organizar uma Acção de Graças na quadra natalícia, pela via literária, com a participação de todos aqueles e aquelas que contribuíram, de algum modo, para o êxito da Sui Generis ao longo dos últimos doze meses, é, sem sombra de dúvida, o melhor agradecimento. Apesar de ser um pequeno agradecimento, é um agradecimento!
E mais uma vez: Graças a Deus por termos conseguido, todos juntos, realizar esta belíssima Acção de Graças. Graças a Deus, e a todos nós!
O livro Graças a Deus! reúne largas dezenas de textos, em diversos géneros literários, de 51 autores lusófonos (portugueses, brasileiros e angolanos): contos, crónicas, cartas, poesia, prosa poética, reflexões, desabafos, etc. Embora esta antologia fosse concebida para o Natal, muitos textos que inclui não se focam no evento natalino; apresentam vários temas (ocorrendo, ou não, na época natalícia), todavia, reflectem sempre a fé no Senhor, ou mesmo gratidão – sejam sentimentos pessoais ou através de personagens criadas. São estórias e poemas cuja variedade de estilos e graus culturais é sublime, recheados das mais diversas sensibilidades, que, não obedecendo a um tema específico, privilegiam, de algum modo, a crença em Deus. O leque de textos é soberbo! De textos que abordam uma emoção, uma tristeza, um amor, um desejo, uma mágoa, um reconhecimento, uma lembrança, uma revolta, uma felicidade, uma nostalgia, uma esperança... Todos os autores expressam, cada um com a sua particularidade, o que lhes vai na alma. Cada um transmite, de alguma maneira, o que Deus significa para si – mesmo os que são agnósticos desvendam, de igual modo, a sua percepção. Ou os seus sentimentos.
Sentimentos que se eternizam nas 214 páginas desta antologia, cujos textos se encontram ilustrados com belíssimas declarações de Sua Santidade, o Papa Francisco, e Cânticos e Salmos da Bíblia Sagrada. Uma obra que proporciona boas leituras numa época tão especial. Verdadeira Acção de Graças que todos nós oferecemos ao Senhor nesta quadra natalícia. E que converteremos, certamente, em maravilhosas prendas de Natal. Prendas inesquecíveis! Que trarão leituras emocionantes ao longo do próximo ano. Porque este livro deve ser lido em qualquer altura do ano.

Feliz Natal e um próspero Ano Novo!

Isidro Sousa






Sessão de lançamento de «Graças a Deus!»
Quarta, 21 de Dezembro | 19 horas | Vlada Lounge
Rua Rosa Damasceno, nº 8, em Lisboa

Campanha Especial Lançamento: 15,00 Euros
Pedidos e reservas pelo email: letras.suigeneris@gmail.com


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